quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Ar, er, ir...

Gosto de sonhar
Gosto de sentir
Gosto muito de cantar
Gosto de me divertir

Gosto de pensar
Gosto de escrever
Não me importo de chorar em público
Não me importo de com os erros aprender

Gosto muito dos meus amigos
Apesar de muitos não ter
Mas sei que pelo menos esses
São amigos a valer

Se não fossem estas pequenas coisas
Mínimas que sejam, na nossa vida
Palavras acabadas em ar, er, ir
Porque razão haveríamos de existir?

2/7/2006

terça-feira, 30 de outubro de 2007

O que não viste em 6 anos

Pois é, caros leitores do "For Turism & Photo Lovers". Decidi hoje pôr à venda o meu 3º trabalho, um livro muito simples, que está intitulado de "O que não viste em seis anos", uma história que tenta dar a entender às pessoas que às vezes a diferença de idades não significa nada. Se quiseres ler o livro envia-me um e-mail para: azevedo.fran@gmail.com. O livro, tendo em conta que o vou enviar por correio custa 5€, vai encadernado em argolas de metal e uma dedicatória especial para cada leitor. Já sabem, se quiserem enviem um e-mail com os dados pessoais:

Nome
Morada
Localidade
Data de Nascimento
Nº de telemóvel (Para envio de mensagem de confirmação)

Se quiser enviar os 5 € por correio poderá fazê-lo, se não também está disponível uma transferência bancária. Mal receba o dinheiro envio o livro.

Fico à espera de notícias vossas! Um abraço, Xico!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Metade

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca

Porque metade de mim é o que eu grito, a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza

Que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante

Porque metade de mim é partida, a outra metade é saudade.

Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor

Apenas respeitadas

Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos

Porque metade de mim é o que ouço, a outra metade é o que calo.

Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereço

Que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada

Porque metade de mim é o que penso, a outra metade um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste

E o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável

Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembro ter dado na infância

Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito

E que o seu silêncio me fale cada vez mais

Porque metade de mim é abrigo, a outra metade é cansaço.

Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba

E que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer

Porque metade de mim é platéia a outra metade é canção.

Que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também


Brilhante texto de Oswaldo Montenegro

Eu vi uma estrela

Vi uma estrela e fiz um pedido:
- Quero a tranquilidade das coisas simples
- Quero o amor dos inocentes
- A verdade dos honestos
- A paciência dos sábios
- A alegria dos lúcidos
- O controle dos malucos
- E uma borracha para apagar os deslizes do caminho!
Beijos e abraços.
Texto retirado de "Somewhere over the rainbow"

Não ser

Não quero estar aqui,
Não quero estar com quem estou
Nem ir para onde vou.

Na verdade hoje não sei quem sou
Não tenho vontade de ter vontades
Não me apetece apetecer
Nem desejo desejar

Quero apenas, enfim, não ser.


Poema retirado de http://textoscomhistoria.blogspot.com

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ser jovem no Mundo Actual

"...De uma forma simples, ser "jovem" é pertencer a uma classe situada entre os 15 e os 29 anos e beneficiar de um estatuto, conferido socialmente, através do qual se aceita que o jovem cumpra uma etapa de exploração de si mesmo, uma espécie de moratória que lhe dá o direito a viver este período de crise e a prolongar a entrada na vida adulta até àquele limite etário..." (www.apagina.pt)

Decidi, hoje, dia 24 de Outubro de 2007 publicar um post sobre a nova forma de estar da juventude actual. Não me considero adulto, até porque ainda não cheguei aos 28 anos mas porque estou preocupado pela maneira como os jovens vivem hoje a adolescência. Poderia começar a falar sobre a idade precoce com que se inicia a "vida nocturna". Supostamente a entrada em discotecas só é permitida a miúdos/as de 16 anos, mas se formos às portas das discotecas mais badaladas da cidade do Porto deparamo-nos com um cenário bastante diferente.

1º O bilhete de identidade nunca é pedido a ninguém!
2º A maquilhagem usada pelas miúdas de 15 ou 14 anos é tal que disfarça a idade real
3º O aparecimento da "Menarca", ou primeira menstruação
4º O início da actividade sexual com tenra idade sem as devidas precauções
5º O início / aparecimento de vícios muito pouco saudáveis, por exemplo: tabaco, drogas, álcool

Ainda há tempos ouvi uma entrevista com um psicóloga da área do Porto, e ela com alguma graça dizia:
- Hoje em dia os pais preocupam-se demais com os filhos. Se passam todos os anos são sobredotados, se chumbam um ano são disléxicos, e todos são hiper-activos.

Ela de facto, tem alguma razão. Se os pais vêm os miúdos a correr de um lado para o outro sem se cansarem, se os virem a estudar e a ler muito e a ter boas notas levam-nos logo aos Psi´s para um teste de despistagem de hiper-actividade, dislexia e afins. Todos os dias, pelo menos 2 vezes, páro no café do Sr. Eduardo e "aprecio" o panorama da juventude. Miúdos de 14, 15 anos ao balcão a tomarem café e a comprarem maços de tabaco. Digo sempre:

- Se fosses meu filho...

Nem eu nem a minha irmã fumamos, o meu pai foi fumador "social" por uns anos, de maneira que só temos bons exemplos na família. O meu avô faleceu no passado dia 1 de Outubro, porque lhe rebentou um aneurisma na aorta, mas uns anos antes, em 2001 teve que retirar um bocado do pulmão porque já estava "morto".

Mas voltando ao tema deste meu post: a juventude no Mundo Actual: Não estará a crise de entrada na vida adulta relacionada com factores externos que condicionam os jovens, como por exemplo o Desemprego?? O facto de se prolongar o período de juventude será, de certa forma, uma consequência disso mesmo, mas também se deve admitir que a procura do primeiro emprego e a entrada na vida adulta foram, desde sempre, questões problemáticas para qualquer jovem. Por outro lado, também se pode pensar que a própria sociedade se tornou mais tolerante e procurou idealizar a juventude numa prespectiva quase romântica, não querendo colocar limites a esse estado latente, que, no entanto, existem.

É preciso não esquecer que na sociedade actual as pessoas valorizam muito e cada vez mais a sua imagem. Não as posso censurar porque faço o mesmo. Sei que não é correcto, mas é de facto isso que conta. Pode fazer a diferença entre ficar numa empresa ou não. Por exemplo: na minha área é extremamente importante a imagem, devido ao permanente contacto com o cliente, é importante dominar línguas estrangeiras, nomeadamente o inglês, o francês, o espanhol e o italiano. Quantas mais línguas se souber falar mais fácil se torna arranjar emprego. Mas também não é só isso que conta: o curriculum e o outro Factor "C".

Pensem nisto, até ao próximo post! Comentem!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Saudades de Itabira

Alguns anos vivi em Itabira
Principalmente, nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento d ferro nas calças.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
É doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!


Poema de Carlos Drummond de Andrade (Poeta Brasileiro)

Carta de despedida de uma filha

Mãe, fiz o que me pediste: fui à festa. Fui a uma festa, e lembrei-me do que disseste. Pediste-me para que eu não bebesse álcool, mãe... Então bebi uma 7 Up. Senti orgulho em mim mesma, e do modo como me disseste que eu me sentiria e que não deveria beber e conduzir. Ao contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi correcto. E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a conduzir sem condições... Fui para o meu carro, na certeza que iria para casa em paz. Eu nunca poderia esperar... Agora estou deitada na rua, e ouvi o polícia dizer:

- O rapaz que causou o acidente estava bêbado.

O meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou a tentar com todas as minhas forças, não chorar... Posso ouvir os paramédicos a dizer:

- A rapariga vai morrer...

Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda a velocidade, afinal, ele decidiu beber e conduzir e agora tenho de morrer... Então porque é que as pessoas fazem isso, Mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas... A dor está-me a cortar como uma centena de facas afiadas. Diz à minha irmã para não ficar assustada, Mãe, diz ao Papá que ele seja forte. E quando eu partir, escreva "Menina do Pai" na minha sepultura. Alguém deveria ter dito àquele rapaz que é errado beber e conduzir. Talvez, se os pais dele tivessem dito, eu ainda estivesse viva. A minha respiração está a ficar mais fraca, mãe, e estou realmente a ficar com medo... Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada...

Eu gostaria que tu pudesses abraçar-me, mãe, enquanto eu estou esticada aqui a morrer, eu gostaria de te poder dizer que gosto de ti, mãe... Então... Amo-te e Adeus!

(Estas palavras foram escritas por um jornalista que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava ia dizendo as palavras e o jornalista ia anotando... muito chocado. Este jornalista iniciou uma campanha de "Condução sem Álcool"

Pensem nisto antes de beber numa festa... Abraços


Excerto de Fernando Pessoa

"... Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo e que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oasis no recondido da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da Vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "NÃO". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...

Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia ainda vou construir um castelo!

A ti, mulher de sonho

Poderia ficar a olhar,
Todos os dias, todos os minutos para aqueles
Sem me cansar, e talvez mesmo
Sem pestanejar...

Aquela mulher,
Aquela menina
Aquela deusa,
Que me faz sempre sonhar

Espero que um dia seja possível
Eu a conhecer e talvez a beijar
Pode nunca passar de um sonho
Um sonho de menino

Um sonho, que eu gostaria
De poder realizar
Dona de uma beleza incondicional
E de um corpo de Deusa

E um ar muito...
Muito fatal...

Foi ao som de "Se eu não te amasse tanto assim"
Que este pequeno poema eu fiz
Se por sorte/coincidência ela o lesse
Seria muito mais feliz

8-3-2007

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Preocupação generalizada

Caros leitores, eu como espinhense de gema devo dizer-vos que estou preocupado com a minha cidade. Já não falo em termos de segurança, que isso já não tem solução possível, vou falar-vos antes de algo que está a acontecer na cidade de Espinho: a sua requalificação. Comecemos então pelo passeio da beira-mar. São várias as vezes que passeio de tarde pelo passeio da rua 2 com a minha cadela e nunca vi tanta sujidade junta. No chão deste agradável passeio nódoas de pastilhas elásticas (escarre civilizado da população mais rebelde e jovem) são mato. Para além destes “agradáveis” tons no chão existem os já famosos grafitis, cascas de tremoços (regra geral comidos pelos velhinhos e pelos “estrangeiros” que vêm de Lourosa, Lamas e afins). Podíamos ter uma orla costeira tão simpática para passear e deparamo-nos com isto. Peço desculpa mas não consigo concordar, é mais forte que eu. Subindo um bocadinho nesta cidade chegamos à rua 12, onde começa a requalificação propriamente dita. Esta obra foi tão bem pensada e estruturada que o carro dos bombeiros (auto-tanque) mais pequeno para fazer a primeira curva em direcção à rua 10 e 8 necessita de efectuar 10 manobras. Em tom de brincadeira o anterior comandante dos bombeiros dizia:

- As primeiras equipas a sair são as das moto-serras para mandar com os postes abaixo. Os carros e os mecos a seguir. Depois dessa primeira parte concluída não custa nada. É sempre a descer!

E o que dizer das já famosas rampas entre a rua 14 e a 16? Espectaculares! É a palavra que me vem à cabeça para descrever tal aberração. Um carro que seja mais comprido do que o normal, do género: Hummers, Volvo S80 ou até mesmo o XC 90 ficam como que suspensos... Os carros dito tunnings nem se atrevem a ir por aí porque ficariam sem a parte que mais os caracteriza: as grelhas frontais. Enfim!

E se eu agora vos falasse do estacionamento? Pode ser mas aí também não vou demorar muito tempo a falar porque simplesmente não há. Se estacionamos mal estamos a barrar a entrada numa garagem “inexistente” e se o fizermos está o famoso bófia da mota a sacar do caderno de notas, que nem José Mourinho ou Laszlo Boloni. Se estiver em dia SIM só paga a multa 20 dias depois. Se estiver num dia normal, ou seja, arrogante, de mal com a vida paga a multa e a já famosa comissão. Assim não custa! E o que dizer, falando de trânsito, da rotunda que antecede o acesso às principais auto-estradas, ou melhor A Auto-estrada A1, porque a famosa A-29 é uma estrada habitada por camionistas assassinos que fazem as asneiras, mandam os carros dos outros para a sucata e só aí é que pedem desculpas, e apesar de ser uma auto-estrada só se pode circular a 100 km/h, logo, não pode ser considerada uma auto-estrada. Numa das suas passagens pelo Porto e por Gaia, o ministro das obras públicas disse que tinha estipulado o limite máximo de 100 km/h por ser uma estrada com muito movimento. Ora, se estiver muito movimento uma pessoa não anda a essa velocidade, se calhar nem chega aos 100. Os acidentes que aí ocorrem são N, eu próprio já fui vítima de um desses assassinos da estrada, denominados camionistas. Claro que existem profissionais desta “tribo” que sejam competentes e civilizados, pelo menos conheço um. E o que dizer dos edifícios camarários que estão ao abandono? Dou só dois exemplos, e que por acaso são dois elefantes brancos... Pensando bem: uma manada: a Nave Polivalente (que enche todos os anos para receber Tony Carreiras e afins) e onde se fazem os almoços de Natal dos velhinhos que foram para o Brasil e o tão famoso FACE (Fórum de Arte e Cultura de Espinho) onde era suposto ser uma Universidade de Artes ligada à Universidade de Aveiro ou um Centro Cultural de Belém com muito mais categoria: virado para o mar e ao lado dos ciganos. Palavras para quê? Viva a Cidade de Espinho! Viva Portugal!

Continue Sr. Presidente com o excelente trabalho realizado até hoje! Espinho precisa de si. Quanto mais não seja para continuar a estragar esta cidade, que já foi, para muitos a melhor cidade do Mundo. Faço agora minhas, as palavras de Millor Fernandes:

- Ainda tenho esperanças que Espinho vai ser uma cidade do C...o.

Até ao próximo artigo!


Espinho, 16 de Outubro de 2007

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Poema simples à chegada da chuva

Cada vez que o meu amor respira
Como que, por magia
As forças cósmicas
Assobiam

E fazem o melancólico
Vento soprar-me

Cada vez que o meu amor sorri
Deus junta-se a mim
Em divina festa de olá
E fazem o sol transpirar luz

Cada vez que o meu amor chora
O diabo contorce o tempo em trevas solitárias
O interior da terra aborta da vital energia
E todas as lágrimas do mundo se juntam em ácida chuva

Cada vez que o meu amor enegrece ficando azul
O céu desfaz-se em mil pedaços de lava
Cada célula de cada humano ameaça explodir
E todas as ondas ameaçam engolir o meu mundo

Cada vez que o meu amor é,
Triste ou alegre
É ainda o meu amor
Mantém-se ainda o chão meu
Equilibra-se ainda como o meu mundo

Cada vez que acordas
Eu sou poeta
Cada vez que me beijas
Eu renasço!

De Francisco Reis, in http://hanormal.blogspot.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Uma gaja acabada em IA

De quem será este corpo
Por trás do meu espelho?
Vejo, vejo
Mas nele não me revejo

De quem será este corpo
Mal feito, com muita gordura
Preciso de gordura
Para manter a postura!



Lutei tanto para ser modelo
Acreditem, lutei até não mais poder
Não sabia que para se ter um contracto
Não podia mais comer!



Quem é esta gente?
O que fazem aqui?
A cumprimentar a minha mãe,
E a minha amiga Nini!

Vejo-me aqui deitada
Ao lado da minha avó e da minha tia
Talvez por causa de uma gaja
Chamada Anorexia!



17/3/2007

Palavras para quê? A melhor do Mundo

Há muitos anos atrás
Alguém se lembrou de lá passar
Numa cidade triste e sombria
Numa cidade plantada à beira-mar

Toda ela desajeitada e tenebrosa
Cidade de pouco encanto
De bonito "só" mesmo o clube
Que veste o azul e branco

Zona tão bonita, a Foz
A Foz do Rio Douro
Que parece entrar no mar
Como uma chave no tesouro

Dela muito se tem escrito
Bem ou mal, todos dela sabem
Muitos te elogiam, outros te insultam
Mas tu não queres saber, Cidade!

Saindo de Carlos Alberto
Cortando pela Restauração chega-se à Ribeira
Acabando o meu passeio
No Bairro da Cantareira

Já tinha ouvido falar do Mercado da Ribeira
Mas não o imaginava assim
Mais sórdio e apinhado
Como lembrou Veiga de Oliveira

Ao lado e debaixo das Arcadas
Voltando as costas ao Rio
Amontoam-se tendas e barracas
Com um eterno ar triste e sombrio

4/11/2005

Perdida de mim

Acordei,
Acordei e não te vi
Deixei de te sentir
Ainda agora estavas aqui

A saudade levou-te
Então voa...
Rasga esses escuros céus
Delineando dolorosamente tua partida...
De meu mundo

Voa que,
Eu espero por ti
Sentado no vazio
Longe das entranhas
Do nada do meu quarto...

Perdoa-me amor,
Perdoa-me, pois,
Não aguentei,
E desesperei

Esqueci-me... Perdi-me...
Abandonei-me...

Fugi do nada e no vazio me despenhei
Despenhei-me nele, sozinho
Precipitei-me nele... e
Sofri... sem ti!

"Poemas do meu Eu"
De R.S.F

Porto

A cidade equestre
No rio mergulha
Seus cascos de granito

E sobe a galope
Encosta arriba.



Num salto a prumo
(Lá onde o casario morre)
Upa!
É uma torre

Torre de pedras e núvem
De pássaros
Do corpo de mulher
Torre de tudo e de quanto



O sonho,
A palavra
O canto
Pode e quer!

Poema de Luís Veiga Leitão

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mais um ataque

Ontem, no jornal Nacional, num canal sensacionalista de Portugal, que começa em T, tem um V no meio e acaba em I, não sei se sabem qual é. É o canal que há 5 anos atrás lançou uma saga pior que o "Senhor dos Anéis" e "Alien". Uma senhora na cidade de Marrocos, perto de Lisboa foi atacada por um cão da raça Pit Bull, perdeu um dedo e o emprego, que é menos grave dentro das prespectivas. O dono do cão foi identificado, não tinha Seguro de Responsabilidade Civil, obrigatório neste género de raças. Aqui em Espinho existe pelo menos 1 Pit Bull e curiosamente também não anda com açaime, apenas com a trela de esgana. Assim não vamos lá! Um abraço, até ao próximo post!

Sinto falta de tudo

Sinto falta de tudo
Daquilo que não dissemos
Daquilo que não fizemos
Das promessas não cumpridas

Não por falta de vontade
Nem por falta de saber
O mundo roubou-te de nós
Sem ti não conseguimos viver

Desde o dia 1 de Outubro
Do presente ano de 2007
Muita coisa mudou
Mesmo muita

A maneira de viver
A maneira de sentir
A maneira de encarar o mundo
A maneira de ouvir

Ouvir as conversas que os outros
Tinham sobre ti
Sobre a tua personalidade
Sobre a tua má disposição

Tanto lutaste para não desistir
Para não desistir da vida
Que há uns anos para cá
Te vinha pregando rasteiras

Tantas vezes enganaste a morte
Com a tua força de vontade
Pelos teus filhos, netos
Pelos teus amigos

Tanta coisa mudou desde Outubro
Mais precisamente do dia 1
Nunca mais fui o mesmo
Sinto-me vazio

Aproximei-me do meu pai
Da minha mãe, dos amigos
Poucos, mas que apareceram
Para me darem apoio

Já não os via há algum tempo
Mas estiveram lá
Para um adeus em definitivo
Eu prefiro dizer: Até já!

Ao meu Avô!
Espinho, 11 de Outubro de 2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Para venda

Pois é caros leitores, decidi pôr a minha máquina XBOX à venda. Por apenas 100 Euros levam a máquina com comando e 22 jogos. Eis a lista:

Carve (Motas de água)
Ghost Recon II Summit Strike (Estratégia Militar)
UEFA Euro 2004
Pro Evolution Soccer V
FIFA 2005
FIFA 2006

NBA Jam
NHL 2K6
Spider Man

Secret Weapons over Normandie
True Crime New York City
Mashed (Carros)
Mid Night Club 3 DUB Edition
The Italian Job
SSX 3 (Snowboard)
Conspiracy - Weapons of Massive Destruction

Tomb Raider Legends
James Bond 007 - Everything or Nothing
Obscure
Colin McRae 2005
NFL Fever (Futebol Americano)
Misth III - Exile


Quem tiver interessado pode mandar um e-mail ou deixar um comment no meu blog. O meu e-mail é:

azevedo.fran@gmail.com

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Em dia de tristeza uma alegria

Em dia de reflexão e sofrimento uma grande alegria envolve esta casa: a Bianca fez 9 meses, está a ficar grande. Obrigado pais por me terem oferecido uma cadela tão bonita e simpática. Seguem-se fotos da minha peqenina. Abraço







Uma semana

Fez hoje uma semana que partiste. Deixaste-nos assim de repente sem avisar. Passei o meu dia de anos contigo e ainda me despedi de ti. Onde quer que estejas olha por nós, netos, filhos e mulher.



Tenho a nítida sensação que gastei as minhas lágrimas. Aprendi com a vida que não preciso de ter vergonha de chorar em público, acho que é muito mais honesto e sincero. Todos sentimos a tua falta, mesmo aqueles que durante anos se esqueceram que existias. Um abraço meu e um beijo de toda a gente.

Golfe: Forte produto turístico



É do conhecimento geral que a "indústria" do golfe gera milhões de euros, aliás é um dos produtos turísticos em Portugal em expansão e já com uma reputação impressionante a nível internacional. Açiás Portugal está entre os 10 melhores destinos do Mundo para a prática deste desporto. Aliás agora no final de Outubro vai-se disputar no Algarve, no campo do Victoria (desenhado pelo Sir. Arnold Palmer). Achei por bem transpor uma entrevista que saíu num jornal diário on-line, o "Opção Turismo". Um abraço!



Golfe:
O QUE TEMOS DE DISCUTIR É FUNDAMENTALMENTE A CONCERTAÇÃO


Dois amigos e um gosto em comum, o golfe, levou Pedro Guerreiro de Sousa e Nuno Castel Branco em finais de 2001 a fazer um estudo sobre o funcionamento do sector golfe em Portugal. Do resultado, surge, em finais de 2004 situada na Av. António Augusto de Aguiar, 23B loja1, a GreenTravel Golfe, um operador especializado em Portugal dedicado exclusivamente ao golfe.

- Como é que a Green Travel apareceu no mercado?
- Sendo jogadores de golfe, verificamos que os campos de golfe em Portugal tinham um contingente elevado de jogadores estrangeiros e tentamos perceber o porquê.
Estudamos o mercado, como funciona o incoming e o outgoing. Conversamos com as pessoas certas e chegamos à conclusão que havia oportunidade para estruturar um operador especializado em golfe. O que há em Portugal são operadores ou agências que têm departamentos de golfe.
Achamos que podíamos fazer um projecto mais ambicioso, aproveitando as novas tecnologias. Assim chegamos à conclusão que valia a pena trabalhar três segmentos. Incoming, outgoing e o corporate golfe.

- Qual é o vosso principal objectivo para o mercado nacional?
- Queremos, o mais possível, apetrechar e entusiasmar as agências de viagens interessadas em comercializar o produto golfe para que trabalhem connosco enquanto operador especializado. Neste momento, esse é o nosso grande objectivo em termos de mercado nacional. É um segmento que está a crescer. Para tal, vão actuar em duas componentes: a teórica e pratica. Isto para que as pessoas possam experimentar e ver como funciona o golfe, já que um jogo dura quatro horas; porque é que um golfista se interessa por determinados aspectos num pacote turístico de golfe; e uma das componentes onde estamos a investir bastante é o nosso site, que está em português, inglês e espanhol.

- O operador apresenta-se como querer “quebrar algumas ortodoxias de mercado do golfe”. Muito concretamente o que significa isso?
- Nós somos de facto um operador. Começamos por lançar primeiro o incoming e o nosso grande volume hoje em dia esta centrado no incoming, já significa que trabalhos com um conjunto de produtos de golfe. A nível nacional enquanto receptivo já temos essa relação comercial com os produtos. Já os conhecemos. Os produtos internacionais que estamos a lançar nomeadamente na componente outgoing também os conhecemos. Fazemos questão de conhecer os produtos antes de os comercializar porque há determinados detalhes que são exigidos pelos segmentos do golfe e não podem ser menosprezados. Por exemplo, um jogador gosta de levar consigo o seu saco de golfe. Todavia, este é considerado bagagem não standard e há aviões que não transportam sacos de golfe. Ou seja, são detalhes tão simples como este que podem fazer falhar uma viagem de golfe.
O quebrar ortodoxias prende-se principalmente com a utilização da utilização das novas tecnologias, nomeadamente na área da Internet para dar suporte as agências de viagem e fundamentalmente na componente de incoming. As operações de golfe em Portugal, são fundamentalmente, de incoming indirecto, que trabalham com operadores internacionais que servem como DMC, Destination Management Company. Nós, para além de sermos uma DMC queremos também entrar nesse modelo directo, de venda directa aos diferentes mercados.
Interessa-nos captar agências interessadas, a nível nacional, em fazer outgoing para os jogadores de outras zonas. As agências que estão melhor posicionadas para trabalhar com esses jogadores são as agências que estão na zona.
Queremos que as agências se sintam confortáveis a vender o produto mas que entendam que é um produto exigente pelo segmento que o compõe.
Fundamentalmente aquilo que nós promovemos nesta fase não só para os nossos clientes finais mas também para as agências e que consultem o nosso site: www.greentravelgolf.com.
Estamos em permanentemente actualização, participamos todos os anos no evento da IAGTO, bem como em muitos outros eventos.

- Como correu o ano 2005 em termos de volume de negócios?
- Em 2005 facturamos 500 mil euros. O nosso plano para este ano é mais que dobrar, é fazer um milhão e duzentos, nos três segmentos: no incoming, na vertente directo e indirecto; no outgoing e no corporate. Estamos bastante satisfeitos com os resultados que estamos a atingir, embora não seja esta a nossa meta.
Independentemente do número de jogadores em Portugal ser muito baixo em relação a outros mercados, sentimos que o golfe tem tendência a crescer mais que outros segmentos de turismo em Portugal.

- E a nível de clientes?
- Começamos com o incoming, e por isso temos muitos clientes a nível internacional.
Trabalhamos com cerca de trinta operadores internacionais, embora já tenha havido vários clientes directos a nível de incoming.

- Foram atingidos os objectivos propostos?
- Em 2005 foram. Foi um ano de estruturação da operação. Neste momento estamos a lançar a operação de outgoing em colaboração com algumas agências/empresas de golfe em Portugal que trabalham com agências estrangeiras. 2006 será o ano do lançamento do outgoing; 2005 foi o ano do desenvolvimento e estabilização do incoming. Vamos também lançar uma newsletter semanal em três línguas.

- Como vê na globalidade a qualidade e preço dos campos de golfe em Portugal?
- É um desafio grande. Pelo facto dos campos serem privados os proprietários sentem a necessidade de ter um rápido retorno do seu investimento. Daí os elevados preços dos campos. Mas isso será sempre enquanto os campos forem privados e houver como é óbvio, uma orientação ao lucro. Assim, os preços dos campos dificilmente vão baixar. É um investimento elevado. O que significa que o grande desafio é a diferenciação do produto.

Pode-se dizer então que há uma fraca adesão para a prática do golfe por parte dos nacionais?
- É uma realidade. Já temos alguns jogadores de referência em Portugal que ajudam a dar exposição ao desporto em Portugal. A forma de induzir à prática é de facto através de jogadores portugueses que começam a ter presença internacional.
Depois há que motivar pessoas a irem ver os torneios de golfe. É preciso dizer que o golfe não é só praticado por ricos. É um desporto social tem princípios e regras muito interessantes do ponto de vista social.

- Quais as medidas prioritárias para a promoção do “nosso golfe” no estrangeiro?
- Tem sido várias as opiniões acerca de como promover o golfe. Mas atenção é bom que se diga que não é só de agora que se promove o nosso golfe. Somos há muito um destino importantíssimo no golfe. O que temos de discutir é fundamentalmente a concertação.

- Qual o comportamento do mercado nacional em relação ao produto turístico golfe?
- Uma vez que o golfista português não está habituado a lidar com operações estruturadas especializadas em turismo de golfe, o jogador de golfe tem duas hipóteses: ou marca directamente as suas viagens nos destinos que pretende, ou, marca com a sua agência mas pede especificamente aquilo que lhe interessa em termos de golfe. E nota-se normalmente que o jogador de golfe, na maior parte das vezes, sabe um pouco mais de golfe do que a própria agência que vendem este produto.

Uma voltinha por mais pequenina que seja

Como este site estava para ser inicialmente um site dedicado aos amantes da fotografia e do turismo achei por bem publicar um post sobre um paquete de luxo que navega entre a Inglaterra e os Estados Unidos. Estou a falar do Queen Mary II, uma verdadeira cidade. Já tive oportunidade de ver uma reportagem na TV sobre este paquete. Como estou na área da Hotelaria e do Turismo andei-me a informar sobre as condições de trabalho: são simplesmente fantásticas, aliás como o próprio "barco". Das tabelas de preço já fazem parte uma boa percentagem de gorjeta para o empregado, mas é uma vida dura: trabalham-se muitas horas por dia, mesmo que o mar esteja revolto. Mas é de facto extraordinário. Ficam aqui umas imagens para se deliciarem, e comentarem se quiserem. Sem mais nenhum assunto, despeço-me com aquele abraço de sempre.











Para quem quiser dar uma "vista de olhos" visitem o site: www.qm2-uk.co.uk

As suites mais baratas custam 1733 $ e as mais caras 3236 $.







domingo, 7 de outubro de 2007

Para quando o reencontro?

Para quando o reencontro?
Entre duas pessoas que se conheceram,
Se respeitaram,
Se aturaram

Para quando o reencontro
Entre avô, filhos, netos?
Que choram a tua ausência
Todos dias do mês

Desde o dia que partiste
Desde o dia que nos deixaste
Depois de um dia de festa
Que para sempre irá ser festejada

Com maior ou menor felicidade
Com mais ou menos vontade
Mas sempre será festejado
Esta data "expressiva"

Já quase que passou uma semana
E parece que foi uma eternidade
Vais deixar realmente muitas saudades
A todos os que te respeitaram

Mesmo aqueles que não te respeitaram
Enquanto cá estiveste
Lembraram-se que eras um humano
E choraram no dia da despedida

Vá-se lá perceber a mentalidade das pessoas!
Abraço, Avô!

Amor de papel

Cheguei a casa com as tuas flores de papel presas no coração (...) É assim que me sinto quando penso em ti, na tua alegria, generosidade e beleza, mesmo que o nosso amor seja feito de papel com estas flores. Não precisamos de o regar todos os dias, nem de o adubar, nem de lhe cortar os cules. Nem sequer precisamos de água: o nosso amor é quase imaterial, tu aí e eu aqui (...) É um amor de papel, frágil e opaco, leve e branco, feito de ideias, de sonhos, de esperança e de muitas cores por pintar. Um amor sem planos nem projectos, quase adolescente, intenso, puro e perfeito. Que não precisa de provas nem de palavras (...) O nosso amor é de papel como as flores que me deste, e no papel há-de ficar, para sempre escrito nas minhas palavras (...) Amar é como plantar uma semente e tu já plantaste a tua no meu coração.

Excerto do livro "Vou-te contar um segredo", de Margarida Rebelo Pinto

Carta aos pais

Pode parecer estranho, mas preferi escrever-lhes a falar pessoalmente, uma vez que o pai anda às voltas com os negócios para nos sustentar e a mãe encontra-se dividida entre o trabalho, as tarefas domésticas, os cabelos, as unhas e claro, as actividades sociais. Então, como estou com saudades vossas, resolvi pôr tudo no papel, pois certamente lerão a minha cartinha, uma vez que tirei duas cópias e vou colocar uma entre os inúmeros documentos e contas do pai, e a outra dentro da bolsa da mãe junto aos cartões de crédito.

Não pensem que estou zangado, apenas sou mais um jovem de classe média, família "bem formada", que vive sozinho em casa embora na companhia física dos pais, uma vez que as suas mentes e corações estão cheios de preocupações e cuidados com o presente e o futuro. Quero que saibam que os amo muito, e se der respondam à minha cartinha, pois se demorar muito, posso acabar por ser adoptado por outros "PAIS" e talvez a próxima carta seja de despedida...

Vocês perderam um filho. Eu? Perdi-me no mundo.


IN "recantodasletras.uol.com.br"

Amor ausente

Torna etéras
As tuas mãos,
E esculpe
Os meus contornos

Unge os meus sentidos
Com a doçura
Da tua saliva
E tatua a minha pele

Com a fome
Dos teus dentes
Trama as tuas rimas
Com as fibras dos meus nervos

E sente:
Esse poema
É a tua falta
Que me busca

Poema retirado de http://migram.blog.com

Frases de Gabriel Gárcia Marquez

1º) Quero-te não por quem és, mas por quem sou quando estou contigo

2º) Ninguém merece as tuas lágrimas, e quem as merece não te fará chorar!

3º) Só porque alguém não te ama como queres, não significa que não te ame com toda a sua alma!

4º) Um verdadeiro amigo é aquele que pega a tua mão e te toca o coração.

5º) A pior forma de se sentir a falta de uma pessoa é estar sentado ao seu lado e saber que nunca a vais poder ter.

6º) Nuncas deixes de sorrir, nem se quer quando estás triste porque nunca sabes quem se pode apaixonar pelo teu sorriso.

7º) Podes ser simplesmente uma pessoa para o mundo, mas para alguém o mundo és tu.

8º) Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.

9º) Quem sabe Deus quer que conheças muita gente errada antes de conhecer a pessoa certa.

10º) Não chores porque acabou. Sorri porque aconteceu

11º) Haverá sempre quem te desiluda, assim o que tens de fazer é confiar e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.

12º) Não te esforçes tanto, as melhores coisas acontecem quando menos as esperas.

13º) Tudo o que acontece, acontece por alguma razão.

As pegadas no Caminho

Sonhei que caminhava
Pela estrada da vida
E ao meu lado
Caminhava também Jesus

No cenário da noite
Projectavam-se os meus dias
Olhando para trás
Vi marcadas no chão

As pisadas de duas pessoas
As minhas e as do Senhor
Percorrendo com o olhar todas as pegadas
Vi todo o meu passado, até à infância

Notei que em certos pontos
No caminho da vida estavam impressos
Só os pés de uma pessoa
E esses pontos coincidiam

Com os momentos mais duros
Que eu atravessei:
Momentos de angústia
De medo e incertezas

De sofrimento e solidão
Não me contive e perguntei:
- Senhor, tu prometeste
Que estarias sempre comigo

Todos os dias da minha vida
Como é então, Senhor
Que naqueles dias terríveis
Vejo marcados só dois pés no chão da vida

- Meu filho, respondeu o Senhor
Prometi acompanhar-te durante a tua caminhada
E nem sequer por um instante
Eu te abandonei

Se em alguns momentos
Vês só as marcas de dois pés
É porque esses são os dias
Em que eu te levei ao colo!

P.S.A (Poema religioso, mas cheio de verdade e beleza)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Nos desenhos animados

Eu quero a sorte de um cartoon
Nas manhãs da RTP 1
És o meu Tom Sawyer
E o meu Huckleberry Fin
E vens de mascarilha e espadachim
Lá em cima há planetas sem fim

Tu és o meu super-herói
Sem tirar o chapéu de cow-boy
Com o teu galeão
E uma garrafa de rum
Eu era tua e de mais nenhum
Um por todos e todos por um

Dos desanhos animados
Eu já conheço o fim
O bem abre caminho
É golpe de espadachim
O príncipe encantado
Volta sempre para mim

Eu sou a Jane e tu Tarsan
A Julieta do meu Dartagnan
Se o teu cavalo falasse
Tinha tanto para contar
Ao fantasma debaixo dos meus lençóis
Os tesouros que escondemos dos espanhóis

Dos desenhos animados
Eu já conheço o fim
O bem abre caminho
É golpe de espadachim
O príncipe encantado
Volta sempre para mim

Quando chega o final
Já podemos mudar de canal
Nos desenho animados é raro chover
E nunca, quase nunca acaba mal
By the power of Graceskull

Amor sem censura



O amor é flor que desabrocha
na mais dura rocha
do coração...

Não importa a cor e a beleza
nem mesmo a riqueza
ou a posição...

Ele nasce bonito e voa
e não desentoa
em sua canção...

Voa livre pelo ar
e cruza o mar
sem censura...

O amor ultrapassa as barreiras
e cruza as fronteiras
do coração...

Ele é um aroma gostoso,
cheiro delicioso
da mais pura loção...

Ele nasce bonito e voa
e não desentoa
em sua canção...

Voa livre pelo ar
e cruza o mar
sem censura...

O amor é o único laço,
que nem mesmo a morte,
conseguiu desfazer...

O amor ensinou perdoar,
ensinou confiar
e compreender...

Ele nasce bonito e voa
e não desentoa
em sua canção...

Voa livre pelo ar
e cruza o mar
sem censura...

Quando, enfim, quiseres saber quem sou,
perguntai ao riacho que borbulha,
à estrela que cintila,
à flor que desabrocha,
ao pássaro que canta,
ao moço que espera,
ao velho que recorda.
Chamo-me amor,
remédio para todos os males,
todos os males que atormentam o espírito.
Quando quiseres saber quem sou,
dir-lhe-ei: Meu nome é
Jesus de Nazaré!

Primeiro olhar

Já era realidade e eu não sabia,
A gente se amava e não se conhecia
No fim de um entardecer, a noite sorria
A gente se olhava e nosso olhar nos dizia

Preciso tanto te contar tudo o que sinto em mim
Nosso encontro não é casual, foi Deus quem quis assim
Duas vidas fez um grande amor, era plano Seu
Tanto tempo orei e sonhei, finalmente aconteceu

É tão lindo este amor, que Deus nos concedeu
Feito um orvalho sobre a flor, que o dia amanheceu
Sem ao menos esperar tudo pode acontecer
Num simples primeiro olhar, Jesus me trouxe você,

Eu te amo


Flávio dos Santos

Eutanásia

Nosso amor
Aquele amor... lembra?
Após uma longa espera
Finalmente hoje
Cometi a eutanásia

Desliguei os fios do meu coração
Das tomadas da sua frieza
Estanquei o soro do meu amor
Que estavam conectados
Na sua incerteza

A falta de importância
Que deste às minhas palavras
Doeu! Feriu! Magoou!
Fez chagas doloridas
Que só o tempo vai curar

Não acreditaste em mim
E eu que pensei tanto
Que conhecias o meu coração
Hoje sinto-me anestesiada
E este é um sentimento bem maior

Do que qualquer dor
Neste momento
Num ritual de sofrimento
Rasgo todas as lembranças

E coloco um ramalhete de flores
No jazigo do meu amor

Poema de anónimo

A Amizade

... É algo difícil de explicar
Por vezes verdadeira
Por outras vezes falsa
Mas como podemos saber, se esta amizade é verdadeira?

Esperamos?
Falamos?
Talvez seja melhor esperar
Porque quem espera

Sempre alcança
Mas quem espera desespera
E esse desespero
Pode dar uma dor tremenda

O que havemos de fazer?
Sofremos com isso?
Deixamo-nos ir a baixo?
Talvez não seja a melhor maneira!

Pois é para isso
Que queremos ter amigos
Não só para ouvirmos
O que têm para dizer

Mas também para sermos ouvidos
É por isso que hoje me pergunto
O que será a amizade?
Será que me conseguem responder?

Provavelmente não...

1/6/2004

A nós, p´ra sempre

Tentei escrever como te amo

A tinta que gastei
Já lá vai mais de um ano
E vejo hoje o quanto te amei

O quanto quis que fosses minha
Mas tu és apenas tu, só tua
Abrias a janela mas fechavas a porta
Gostavas de outro.

Um ele, felizmente (Hoje em dia não se sabe)
Sim, hoje sei, és feliz
Perdoa-me por ser tão estúpido
Ao ponto de não te ver realmente

Hoje sei, e estou deveras contente
Não foste minha amante
Mas és minha amiga
Tenho a certeza, que para sempre

4/8/2001


quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Sabes quem és... Até Sempre

No horizonte apercebi-me da tua existência
E quando eu mais queria que este horizonte ficasse
Ele teimava em partir
Até que um dia acabei por desistir

Sim, desisti porque sabia que te tinha perdido
Inevitavelmente, perdi-te para algo que me venceu
Mesmo antes sem me ter vencido
O vento continua a soprar

Mas o nosso horizonte teima em não voltar!
Paciência, por cima desses
Outros serão construídos!