quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Preocupação generalizada

Caros leitores, eu como espinhense de gema devo dizer-vos que estou preocupado com a minha cidade. Já não falo em termos de segurança, que isso já não tem solução possível, vou falar-vos antes de algo que está a acontecer na cidade de Espinho: a sua requalificação. Comecemos então pelo passeio da beira-mar. São várias as vezes que passeio de tarde pelo passeio da rua 2 com a minha cadela e nunca vi tanta sujidade junta. No chão deste agradável passeio nódoas de pastilhas elásticas (escarre civilizado da população mais rebelde e jovem) são mato. Para além destes “agradáveis” tons no chão existem os já famosos grafitis, cascas de tremoços (regra geral comidos pelos velhinhos e pelos “estrangeiros” que vêm de Lourosa, Lamas e afins). Podíamos ter uma orla costeira tão simpática para passear e deparamo-nos com isto. Peço desculpa mas não consigo concordar, é mais forte que eu. Subindo um bocadinho nesta cidade chegamos à rua 12, onde começa a requalificação propriamente dita. Esta obra foi tão bem pensada e estruturada que o carro dos bombeiros (auto-tanque) mais pequeno para fazer a primeira curva em direcção à rua 10 e 8 necessita de efectuar 10 manobras. Em tom de brincadeira o anterior comandante dos bombeiros dizia:

- As primeiras equipas a sair são as das moto-serras para mandar com os postes abaixo. Os carros e os mecos a seguir. Depois dessa primeira parte concluída não custa nada. É sempre a descer!

E o que dizer das já famosas rampas entre a rua 14 e a 16? Espectaculares! É a palavra que me vem à cabeça para descrever tal aberração. Um carro que seja mais comprido do que o normal, do género: Hummers, Volvo S80 ou até mesmo o XC 90 ficam como que suspensos... Os carros dito tunnings nem se atrevem a ir por aí porque ficariam sem a parte que mais os caracteriza: as grelhas frontais. Enfim!

E se eu agora vos falasse do estacionamento? Pode ser mas aí também não vou demorar muito tempo a falar porque simplesmente não há. Se estacionamos mal estamos a barrar a entrada numa garagem “inexistente” e se o fizermos está o famoso bófia da mota a sacar do caderno de notas, que nem José Mourinho ou Laszlo Boloni. Se estiver em dia SIM só paga a multa 20 dias depois. Se estiver num dia normal, ou seja, arrogante, de mal com a vida paga a multa e a já famosa comissão. Assim não custa! E o que dizer, falando de trânsito, da rotunda que antecede o acesso às principais auto-estradas, ou melhor A Auto-estrada A1, porque a famosa A-29 é uma estrada habitada por camionistas assassinos que fazem as asneiras, mandam os carros dos outros para a sucata e só aí é que pedem desculpas, e apesar de ser uma auto-estrada só se pode circular a 100 km/h, logo, não pode ser considerada uma auto-estrada. Numa das suas passagens pelo Porto e por Gaia, o ministro das obras públicas disse que tinha estipulado o limite máximo de 100 km/h por ser uma estrada com muito movimento. Ora, se estiver muito movimento uma pessoa não anda a essa velocidade, se calhar nem chega aos 100. Os acidentes que aí ocorrem são N, eu próprio já fui vítima de um desses assassinos da estrada, denominados camionistas. Claro que existem profissionais desta “tribo” que sejam competentes e civilizados, pelo menos conheço um. E o que dizer dos edifícios camarários que estão ao abandono? Dou só dois exemplos, e que por acaso são dois elefantes brancos... Pensando bem: uma manada: a Nave Polivalente (que enche todos os anos para receber Tony Carreiras e afins) e onde se fazem os almoços de Natal dos velhinhos que foram para o Brasil e o tão famoso FACE (Fórum de Arte e Cultura de Espinho) onde era suposto ser uma Universidade de Artes ligada à Universidade de Aveiro ou um Centro Cultural de Belém com muito mais categoria: virado para o mar e ao lado dos ciganos. Palavras para quê? Viva a Cidade de Espinho! Viva Portugal!

Continue Sr. Presidente com o excelente trabalho realizado até hoje! Espinho precisa de si. Quanto mais não seja para continuar a estragar esta cidade, que já foi, para muitos a melhor cidade do Mundo. Faço agora minhas, as palavras de Millor Fernandes:

- Ainda tenho esperanças que Espinho vai ser uma cidade do C...o.

Até ao próximo artigo!


Espinho, 16 de Outubro de 2007

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