quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Noites que descansavam nas minhas palavras

Haviam noites que descansavam nas minhas palavras
Enquanto eu dormia. Ouviam-me a vontade de
Acordar pouco. Seguravam-me as pálpebras e,
Hoje sei que era para meu bem. Acho detestável

Ter que acordar todos os dias, pouco que seja
Continua a apetecer-me gritar nas paredes
Que não acordo, mas cada vez mais
Menos sei o que dizer: E de noite se fez dia

Dos dias nasceu a noite.
Tal como com o ovo e a galinha também a mim
Se coloca frequentemente uma dúvida
Em noites que descansavam nas minhas palavras,
E essa dúvida era a de acordar, pouco que fosse

Poema de Nuno Travanca,
In http://poesiaseprosas.no.sapo.pt

Um comentário:

Coisas&Letras disse...

oi...
já cá não vinha há algum tempo... estive agora a ler as novidades e é muito bom voltar...
Dás-nos a conhecer textos muito bonitos e interessantes... mas os teus são igualmente deliciosos!

Voltarei... :)

Até Já:
C&L