Haviam noites que descansavam nas minhas palavras
Enquanto eu dormia. Ouviam-me a vontade de
Acordar pouco. Seguravam-me as pálpebras e,
Hoje sei que era para meu bem. Acho detestável
Ter que acordar todos os dias, pouco que seja
Continua a apetecer-me gritar nas paredes
Que não acordo, mas cada vez mais
Menos sei o que dizer: E de noite se fez dia
Dos dias nasceu a noite.
Tal como com o ovo e a galinha também a mim
Se coloca frequentemente uma dúvida
Em noites que descansavam nas minhas palavras,
E essa dúvida era a de acordar, pouco que fosse
Poema de Nuno Travanca,
In http://poesiaseprosas.no.sapo.pt
Um comentário:
oi...
já cá não vinha há algum tempo... estive agora a ler as novidades e é muito bom voltar...
Dás-nos a conhecer textos muito bonitos e interessantes... mas os teus são igualmente deliciosos!
Voltarei... :)
Até Já:
C&L
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