Uma viagem pelo meu Porto

Começo a minha viagem por esta cidade adoptando um aspecto de turista na altura de verão:

- Calções brancos
- Polo Azul-marinho
- Chapéu de palha à Greg Norman
- Sandálias
- Máquina digital ao pescoço

Antes de sair de casa olho-me ao espelho e treino o meu inglês, como não poderia deixar de ser. Do género:

- Excuse me!!
- Nice to meet you!
- Where´s the Dragon Stadium?
- I´m enjoying the city. Is very beautiful!

Passando à frente o meu inglês, saio de casa na Av. da Boavista com a máquina pronta a disparar. Apanhei o metro e saí em frente à Casa da Música. Não vi muita gente lá dentro mas entrei destemido. Alguém chegou à minha beira e apresentou-se como sendo o R.P do espaço em causa. Visitei este belo monumento depois de esperar quinze minutos na fila da bilheteira, porque a rapariga que lá trabalhava estava a limar as unhas e a falar ao telemóvel. Segui depois em direcção à Foz, caminhei quase uma hora e claro, aproveitei para tirar umas fotografias. Já não faltava muito tempo para a hora do almoço quando cheguei ao sítio mais bonito do Mundo, a Ribeira. Perdi-me no tempo a olhar para o Rio e para o velho casario. Sentei-me então num restaurante com o empregado a olhar para mim de lado e pedi o prato típico do Porto e uma cerveja, denominada, fino! Ouvi fingindo a frase típica do Norte naquela zona:

- Oh Murcon, e a minha cerbeja??
Trouxeram-me então o almoço, paguei e fui passear. Decidi então passear na parte central da cidade, denominada Baixa. Fiquei a admirar o belo edifício da Câmara Municipal bem como os buracos do Metro. Visitei também a Sé do Porto, ouvindo várias vezes a frase:

- Bote-me a bênção, Sr. Padre!

Decidi passar o resto da tarde no belo Museu Romântico e acabei o dia no Solar do Vinho do Porto a beber um Tawny. Nunca mais me vou esquecer no dia em que me vesti de turista e que percebi o quanto eu amo esta cidade, a sua beleza, os seus cheiros característicos, a sua simplicidade.
Acima de tudo, a genuína gente que povoa esta magnífica cidade. AMO-TE PORTO!!!